SEXTA-FEIRA, NOVEMBRO 25, 2005
Em um mundo onde o país mais forte e bem armado invade outros mais fracos e determina com a força aquilo que quer e o que não quer, fica difícil falar da violência doméstica contra as mulheres, pois o mecanismo é o mesmo. O que se sente mais forte, resolve questões na porrada. As relações entre países, entre poderes, entre religiões e também entre sexos, em um determinado momento termina no braço. Isso está ocorrendo cada vez mais freqüentemente e a última vez que estas coisas ocorreram com essa freqüência, milhões de pessoas morreram no que se chamou de segunda grande guerra. Precisamos urgentemente de um repensamento de toda nossa sociedade, de como vivemos e o que acreditamos como civilidade. Não bastam os conselhos e os apelos se nossa sociedade continua a supervalorizar o mais forte, o primeiro em tudo, o campeão da força, o poder. O desgraçado que sai de casa e penetra nesta selva, ainda que faça pose de leão, é apenas um cordeiro e chega em casa, senta a borracha na patroa pra ver se compensa um pouco as coisas. É covarde, é torpe, assim como é covarde toda forma de agressão de um mais forte sobre um mais fraco, mas tem uma causa poliédrica muito complicada.
É uma luta difícil, o inimigo se esconde muito bem e tende a confundir a visão, mas é necessária. As mulheres assim como qualquer ser que se encontre em situação de desvantagem deve ser protegido e nunca agredido ou humilhado. Como sempre, falar é fácil. Mudar o mundo é mais complicado. Ao menos estamos tentando.
Este texto faz parte de uma blogagem coletiva de iniciativa da Denise do Sindrome de Estocolmo. Uma passada por lá garante a oportunidade de se apronfundar de verdade no tema.
POSTED BY FLAVIO PRADA AT SEXTA-FEIRA, NOVEMBRO 25, 2005
Luciana Aparecida Medeiros Pereira Barcellos em 11/12/2011
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