Este Blog destina-se a realização de atividades e interação entre os membros do curso Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça - GPPGR, em especial os componentes do grupo 4, bem como todo aquele ou toda aquela que quiser expor suas ideias a respeito do tema "Igualdade de gênero, raça / etnia na educação formal".

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

PM capixaba é o primeiro do país a oficializar união homoafetiva

                                                        
Cabo Manenti e o parceiro comemoram vitória em setembro, com festa para 300 pessoas
02/08/2011 - 23h15 - Atualizado em 02/08/2011 - 23h15
A Gazeta
Brunelli Duartebduarte@redegazeta.com.br
foto: Edson Chagas
Respeito"Acima de tudo sou policial e tenho orgulho da corporação, que aprendeu a me
aceitar e a respeitar", Darli Manoel Manenti, 48 anos, cabo da Polícia Militar
Há 18 anos, o capixaba Darli Manoel Manenti de Souza, 48, decidiu deixar para trás o preconceito e assumir a relação com um parceiro do mesmo sexo. Mais do que a aprovação da família, ele desafiou o julgamento também no espaço profissional, muito tradicionalista. Hoje, garante, com muito orgulho, ser o primeiro policial militar do país a oficializar, perante a Justiça, uma união homoaefetiva.

Cabo Manenti deu entrada no pedido de reconhecimento em outubro do ano passado, antes mesmo de sair a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) favorável à união estável entre pessoas do mesmo sexo no país, em maio de 2011.

Uma semana antes da medida do STF, ele já havia recebido o "sim" de uma juíza local, que reconheceu seu parceiro, o vendedor Antonio Pereira de Souza, 48 anos, como dependente do militar.

Há 24 anos na corporação, o PM conta que, no começo, logo quando assumiu sua relação, algumas pessoas do seu local de trabalho tiveram preconceito e até se recusaram a trabalhar com ele. Mas, hoje, quase 20 anos depois, e na direção do grupo de teatro da instituição, ele afirma que a atitude dos profissionais é diferente.

"Todo mundo sempre soube da minha situação. As pessoas aprenderam a me respeitar porque, acima de tudo, sou policial e tenho orgulho da profissão que escolhi".

AprovaçãoNa família, a situação foi diferente. Mesmo depois de um casamento de nove anos, os dois filhos do cabo apoiaram o pai. O filho mais novo, de 19 anos, mora, inclusive, com o casal.

Agora, mesmo depois de tantos anos ao lado do companheiro, Darli não quer deixar a conquista na Justiça passar em branco. O casal vai comemorar a união em grande estilo, com direito a festa. O evento, que terá tapete vermelho, será em setembro para 300 pessoas.

O convite estampa as cores da bandeira do movimento gay. No repertório, músicas dos anos 70 e 80 vão embalar os convidados. Com seu exemplo, Darli espera abrir caminho para aqueles que ainda não se assumiram.

São Paulo terá Dia do Orgulho Hétero
A Câmara de São Paulo aprovou ontem, em segunda discussão, projeto de lei do vereador Carlos Apolinário (DEM) que institui no município o Dia do Orgulho Hétero.

O projeto, que vai para sanção do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e ainda pode ser vetado, prevê que o evento ocorreria todos os anos no terceiro domingo de dezembro e seria incluído no calendário oficial da cidade. O projeto passou por votação simbólica.

O autor do projeto afirmou que a data é uma forma de protestar contra a Parada Gay, realizada anualmente em São Paulo, e os "excessos e privilégios" dos homossexuais.

Apolinário, que é ligado às igrejas evangélicas, quer se candidatar à Prefeitura de São Paulo.

Polícia vai cumprir determinação
Com a decisão judicial, o cabo Manenti conseguiu incluir o parceiro como seu dependente. Falta apenas a publicação no Boletim do Comando-Geral. Segundo a PM, todo o procedimento será cumprido.

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