Este Blog destina-se a realização de atividades e interação entre os membros do curso Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça - GPPGR, em especial os componentes do grupo 4, bem como todo aquele ou toda aquela que quiser expor suas ideias a respeito do tema "Igualdade de gênero, raça / etnia na educação formal".

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Notícias do dia...

Hoje, passando os olhos por um jornal de circulação estadual li algumas reportagens que refletem questões de  gênero. Uma delas intitulada "Professora têm de socorrer mães" remete-nos a postagem anterior neste blog, referente à profissional do magistério e suas funções na escola, que ultrapassam as questões de ensino e aprendizagem, sendo-lhes exigido um papel que compete à família, às mães, ao espaço privado destinado apenas às mulheres. No primeiro parágrafo, também é colocada a questão da dupla jornada de trabalho assumida pelas mulheres.
Devido à rotina atribulada, com muitas horas de trabalho por dia, muitas mães deixam crianças em período integral na creche e pedem ajuda a professoras para colocar limites nos filhos. Outra função que a escola vem exercendo é deixar a mãe que não tem tempo atenta às fases de desenvolvimento da criança, como mostrar a hora certa de tirar a fralda ou a chupeta, por exemplo.
Em outro trecho, uma mãe  que trabalha o dia inteiro e deixa os filhos em período integral na escola diz: "Procuro sempre ajuda das professoras e da direção da escola, quando tenho alguma dúvida, pois confio muito nelas. Enfim.... além de professoras, devem ser as "tias", "a segunda mãe", cabendo-lhes mais uma vez o papel de cuidadoras.
Continuando minha leitura matinal, tento passar sem rapidamente pela seção "Polícia", porém algo me chama a atenção: "Mulher é expulsa de casa com os três filhos.", "Professor mata universitária e leva corpo para delegacia", "Professora denuncia marido por agressão", "Filhas também apanham" e "Mães expulsam filhas viciadas". Em duas páginas vê-se a mulher enquanto vítima de agressões e de vulnerabilidades sociais e culturais. Termino com a fala do agressor ( o marido ) de uma professora, que tenta justificar seu ato:
Ela tem muito ciúme de mim e sempre me agride verbalmente. Eu não posso nem sair de casa que ela fala que eu a estou traindo. Perdi a cabeça e só apertei o pescoço dela para que ela parasse de gritar comigo.
O   "SÓ  apertei o pescoço dela"  já diz tudo....

http://www.violenciacontramulhernegra.blogspot.com/

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